Compulsão alimentar: como tratar e como se alimentar
Um dos transtornos alimentares mais comuns na parcela jovem da população, a compulsão alimentar tem contribuído de maneira significativa para a elevação dos índices de obesidade.
O problema, que vem crescendo em todo o mundo, em geral vem acompanhado de quadros de depressão e ansiedade e precisa ser tratado rapidamente para não se intensificar e causar danos ainda maiores à saúde e autoestima. Saiba mais e entenda o que é possível fazer para identificar e superar a compulsão alimentar!
Afinal, o que é compulsão alimentar?
A compulsão alimentar é um transtorno psicológico caracterizado pela necessidade frequente de ingerir grande quantidade de alimentos em um período limitado de tempo acompanhado de uma sensação de perda de controle sobre quanto e o que se está comendo.
Em palavras simples, são episódios nos quais a pessoa sente uma necessidade aparentemente incontrolável de comer alimentos muito calóricos e pouco saudáveis, seguida de uma sensação de culpa ou tristeza.
O problema pode ser desencadeado por uma série de fatores, como dietas restritivas, o término de um relacionamento ou a perda de um emprego ou de um ente querido, e deve ser tratado por uma equipe multidisciplinar, composta em geral por endocrinologista, psiquiatra, psicólogo e nutricionista.
Quais são as principais características da compulsão alimentar?
Em geral, quem sofre de compulsão alimentar come bastante rápido, dá preferência a alimentos como frituras e carboidratos, busca comer escondido, por sentir vergonha do volume de comida que está ingerindo e também por temer ser julgado por isso.
Outra característica comum de quem sofre de compulsão alimentar é que o ato de comer não necessariamente está ligado a estar realmente com fome ou mesmo a sentir-se confortável.
É bastante comum que os portadores do transtorno comam até sentir-se mal, já que o ato de se alimentar não está ligado à necessidade física, mas a uma satisfação emocional. Por isso, o compulsivo associa a comida aos acontecimentos do seu cotidiano, e usa os alimentos tanto para festejar os bons momentos quando para se consolar nos ruins.
Por fim, outra característica da presença da compulsão alimentar é a diminuição da preocupação com o sabor dos alimentos. Na ânsia de comer, o compulsivo passa a atacar o que vê pela frente: feijão gelado, manteiga pura e até arroz cru podem entrar no cardápio de quem sofre com o transtorno.
Como tratar o problema?
Em geral, o tratamento da compulsão alimentar é realizado com medicamentos que regulam a função hormonal. Como estima-se que cerca de 78,9% dos portadores do transtorno possuam outros quadros associados, como depressão, ansiedade ou transtorno bipolar, esses também precisam ser tratados paralelamente.
Além disso, é fundamental que compulsivos sejam acompanhados por um nutricionista e um psicólogo, para que possam aprender como estabelecer um relacionamento mais saudável e consciente com a alimentação.
Quais alimentos podem diminuir a compulsão?
A alimentação vegetariana pode ser uma aliada poderosa no combate a compulsão alimentar. Alguns ingredientes comuns no cardápio de quem segue esse estilo de vida contêm substâncias que aumentam a saciedade e ajudam a diminuir o apetite. Saiba mais!
Acerola, abacaxi, laranja, tomate e pimentão
Ricos em vitamina C, esses alimentos ajudam a reduzir os níveis de cortisol, hormônio que aumenta os níveis de estresse em situações de ansiedade e que ajuda a desencadear episódios de compulsão. Além disso, o nutriente fortalece o sistema nervoso e melhora a resposta imunológica.
Aveia
Além de saudável, as fibras da aveia aumentam de tamanho no estômago e formam uma espécie de gel que favorece a sensação de saciedade. O cereal também é rico em vitamina E, que atua na manutenção do sistema imunológico e mantém a pele hidratada.
Maçã
Rica em fibras solúveis, a fruta tem pouquíssimas calorias e ainda é rica em antioxidantes, vitamina C e A, que protege a visão do ataque dos radicais livres e desacelera a sua degeneração.
Oleaginosas
Amêndoas, nozes e castanhas são uma excelente opção para quando bate aquela fome no meio da tarde. Ricas em gordura e proteína, elas podem ser consumidas in natura, misturadas às frutas, ou mesmo incluídas nas refeições principais, em saladas ou pratos quentes.
Linhaça
Rica em ômega 3, 6 e em vitaminas B, C e E, a semente do linho também é uma excelente fonte de fibras, o que deixa a absorção de açúcares e gorduras mais lenta, evitando os picos de fome e favorecendo o emagrecimento.
Como você pode ver, a compulsão alimentar é um problema sério, que exige acompanhamento multidisciplinar e uma reavaliação da relação com a comida. A adoção de uma alimentação mais saudável e consciente pode fazer toda a diferença na prevenção do problema.
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